Professores de Feira de Santana encerram greve 11 dias após início de mobilização; Justiça determinou retomada.

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Os professores da rede municipal de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, encerraram a greve, após uma assembleia que terminou no final da manhã desta segunda-feira (11). A categoria se reuniu para debater uma determinação judicial que ordenava a retomada das aulas.

Nesta segunda, os educadores não retomaram as aula porque, segundo o Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (APLB), ainda não tinham sido notificados da decisão da Justiça. As atividades serão retomadas na terça-feira (12). Os trabalhadores estavam em greve desde 31 de março.

Após serem notificados, os professores se reuniram e optaram pela suspensão da greve. A categoria se mobilizou para pedir reajuste salarial, pagamento integral do salário e melhores condições de trabalho.

Professores de Feira de Santana deixam sede da prefeitura após liminar da Justiça — Foto: Izinaldo Barreto

A decisão liminar de retorno foi publicada pela Justiça na última sexta-feira (8). No documento, a Justiça determinou uma multa no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento e autorizou a prefeitura descontar, na folha de pagamento, os dias não trabalhados pelos grevistas.

Sem a notificação ao sindicato, no entanto, a multa não pôde ser aplicada nesta segunda. A Prefeitura de Feira de Santana ainda não se manifestou sobre a situação. Com o impasse, estudantes também não procuraram as escolas municipais.

Após decidirem pela greve, parte dos professores da rede municipal de Feira de Santana ocuparam a sede da prefeitura do município no dia 31 de março. O grupo deixou o local um dia depois após uma liminar da Justiça.

Na manhã do dia 1º de abril, os professores divulgaram imagens da confusão envolvendo guardas municipais, que agiram de forma truculenta contra os grevistas. Apesar da ação, que tentava retirar professores do prédio, cerca de 30 professores seguiram no interior do prédio.

Professores de Feira de Santana deixam sede da prefeitura após liminar da Justiça — Foto: Izinaldo Barreto

Além disso, muitos professores ficaram do lado de fora da prefeitura. Mesmo com as imagens de testemunhas que estavam dentro da sede da prefeitura, a gestão municipal informou que não houve excessos por parte da Guarda Municipal, e que os agentes teriam agido da forma que deveriam.

No site oficial, a prefeitura ainda divulgou a imagem de um agente da guarda municipal que teria sido agredido com uma cotovelada no rosto durante a ação contra os professores.

De acordo com a prefeitura, o suspeito de agredir o agente seria assessor do vereador Jhonatas Monteiro.

G1 BA