Apresentador confirma fraudes financeiras em campanhas divulgadas em emissora de TV, diz polícia

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A Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber) da Polícia Civil (PC) segue com as investigações dos 15 casos de possíveis fraudes financeiras cometidas em uma emissora de televisão na Bahia. Segundo a PC, o apresentador de um programa da emissora confirmou as denúncias sobre o envolvimento de dois jornalistas nas fraudes.

Segundo as investigações, as possíveis fraudes estão relacionadas a campanhas de arrecadações de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social. A suspeita é que os valores arrecadados pela emissora Record/ TV Itapoan não eram repassados para as causas divulgadas. Polícia investiga se funcionários receberam os valores.

Nesta quinta-feira (6), a polícia informou que houve um avanço nas investigações sobre os crimes, que até então, são investigados como estelionato virtual.

Além dos dois suspeitos, ao menos outras 11 pessoas são investigadas no inquérito. Atividades de inteligência policial, laudos periciais e informações de outras instituições também integram as apurações.

Ainda segundo a polícia, mais de 20 pessoas, entre funcionários da emissora e possíveis vítimas já foram ouvidas.

Entenda o caso

 

Polícia Civil da Bahia investiga do caso — Foto: Haeckel Dias/Ascom-PC

Polícia Civil da Bahia investiga do caso — Foto: Haeckel Dias/Ascom-PC

A investigação foi iniciada no dia 13 de março e o caso está sendo apurado como estelionato por meio eletrônico. Pessoas que cederam a chave pix para a transação dos valores têm o nível de participação apurado. O valor financeiro envolvido não foi divulgado.

A polícia também informou que três celulares foram apreendidos e passaram por perícia. O DreofCiber, informou que outros detalhes não podem ser divulgados para não atrapalhar a investigação.

Possíveis vítimas

 

As vítimas procuraram a emissora para divulgarem suas histórias e pedir doações aos telespectadores. Os valores arrecadados deveriam ser utilizados para tratamento de doenças e compra de remédios, por exemplo.

Caso fique provado que os valores não foram repassados para as famílias, a investigação também deverá apurar se a ausência do valor impactou para a piora do quadro ou para a morte da vítima, como ocorreu com uma criança.

As possíveis vítimas prestarão depoimento na Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), no bairro de Nazaré, em Salvador.

A Polícia Civil também disse que representantes de um jogador de futebol, que teria doado um valor por meio do pix, estão entre as pessoas que seriam ouvidas na unidade especializada.

G1 BA