Bolsonaro assume a presidência do Mercosul com plano ambicioso

1.008

- Publicidade -

“Com a retomada do crescimento econômico e a liderança do nosso Brasil, o século XXI tem tudo para ser o século da América do Sul”, disse Bolsonaro (C). (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro assumiu nesta quarta-feira (17) a presidência tempore (rotativa) do Mercosul com a promessa de executar um plano ambicioso para “mudar os rumos da história”. Em uma publicação no Twitter, o mandatário afirmou que assume o posto “com um plano de ação ambicioso”, o qual tem como objetivo “eliminar o viés ideológico do bloco, enxugar sua estrutura, revisar a Tarifa Externa Comum e acelerar as negociações comerciais com grandes economias de todo o mundo”.

“Com a retomada do crescimento econômico e a liderança do nosso Brasil, o século XXI tem tudo para ser o Século da América do Sul. Vamos mudar os rumos da nossa história”, escreveu. O mandatário chegou à cidade de Santa Fé, no nordeste da Argentina, nesta quarta-feira para participar da Cúpula, que também conta com a presença dos presidentes Maurício Macri (Argentina), Tabaré Vázquez (Uruguai) e Mario Abdo Benítez (Paraguai). Na delegação brasileira estão os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, da Economia, Paulo Guedes, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

Entre os compromissos dos líderes há a assinatura de um acordo que elimina a cobrança de roaming internacional de serviços de telecomunicações entre pessoas que moram nos países-membros do bloco, a revisão das tarifas externas comuns, o compartilhamento de informações migratórias, a extensão de decisões judiciais sobre pensões alimentícias e de medidas para proteção de mulheres vítimas de violência de gênero, entre outros.

Saques FGTS

Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, na Argentina, que o governo dele deve anunciar ainda nesta semana detalhes sobre a proposta de liberação de saques de contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do PIS-Pasep. Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou, na Argentina, a liberação dos saques do FGTS e do PIS-Pasep para tentar reaquecer a economia com a injeção de R$ 63 bilhões no mercado.

Na ocasião, Guedes disse que o objetivo do governo federal é liberar R$ 42 bilhões com os saques do FGTS e outros R$ 21 bilhões com os do PIS-Pasep. O PIS é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada administrado pela Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago a servidores públicos por meio do Banco do Brasil. Questionado por repórteres sobre a expectativa de anúncio dos saques do FGTS e do PIS-Pasep, o presidente da República afirmou que a iniciativa tem como objetivo dar uma “pequena injeção na economia.