Polícia Civil identifica suspeito de matar funcionário de empresário encontrado morto em pousada de luxo.
A Polícia Civil anunciou que identificou o suspeito de assassinar o funcionário do empresário Leandro Troesch, que foi encontrado morto dentro da própria pousada de luxo, em Jaguaripe, região do baixo sul da Bahia.
O crime contra o funcionário, identificado como Marcel da Silva Vieira, aconteceu no domingo (6), no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
“Nós identificamos uma parente dele [do suspeito] que tinha estado com Billy [apelido da vítima] na noite anterior e consegui levar lá para a delegacia, ouvi ela bastante, ela confessou que esse parente dela teria comprado droga com Billy, teriam saído juntos e não mais retornaram”, disse o delegado Rafael Magalhães.
O delegado informou ainda que realizará diligências para encontrar o suspeito do crime contra Marcel.
O delegado Rafael Magalhães detalhou que Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, era amigo e considerado o “braço direito” de Leandro Silva Troesch, que foi achado morto em 25 de fevereiro deste ano.
Marcel foi ouvido pela polícia após a morte do empresário, mas seria ouvido novamente na segunda-feira (7).
“A gente investiga a relação do Marcel com tráfico de drogas e não descarta que a morte dele tenha sido causada por isso, mas também não deixamos de investigar a possibilidade de queima de arquivo”, disse Rafael Magalhães.
Fuga da esposa do empresário
A Polícia Civil também investiga o sumiço da viúva do empresário, com quem convivia há 20 anos. Shirley da Silva Figueiredo e Leandro já foram condenados pelos crimes de sequestro e extorsão ocorrido em 2001.
Na época eles foram ajudados por comparsas e conseguiram R$ 35 mil pelo resgate. Leandro foi condenado há 14 anos de prisão e Shirley a nove.
Antes de ser preso, o casal fazia questão de aparecer na conta da rede social da pousada que chegou a ter 90 mil seguidores.
Leandro e Shirley cumpriram pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, mas estavam em prisão domiciliar.
Após a morte de Leandro, Shirley saiu de casa e desde então não foi mais vista. Como ela era considerada testemunha importante na morte do empresário e cumpria a prisão domiciliar, não poderia ter deixado a cidade. Diante da situação, a Polícia Civil pediu e conseguiu a prisão preventiva dela que já é considerada foragida da Justiça.
Ainda de acordo com a polícia, uma segunda testemunha pode ser importante nas investigações das mortes do empresário e do funcionário.
Durante o período em que esteve presa, Shirley conheceu uma mulher chamada Maqueila, que responde oito inquéritos por estelionato. Maqueila trabalhou na pousada, tinha sido dispensada e é suspeita no envolvimento do caso.
“Não sei se ela tem envolvimento na morte de Leandro. Eu não posso precisar isso até porque nós trabalhamos nessas duas linhas de investigação: do suicídio e do homicídio”, contou o delegado.
“Eu vou investigar pra saber se ela tem envolvimento até porque ela não se dava bem com Leo, mas eu continuo com as investigações”.
G1 BA