Sete anos após operação na Bahia, delegado federal é absolvido de acusação de homicídio.
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O delegado da Polícia Federal Carlos Faria Júnior foi absolvido da acusação de homicídio, sete anos após a Operação Carga Pesada, que terminou com a morte de Márcio Néris dos Santos. Em veredito, proclamado na segunda-feira (8), a Justiça Federal entendeu que o agente de segurança não agiu com excesso de dolo durante a ação.
Márcio Néris dos Santos não era um dos alvos de mandado de prisão. A casa dele foi invadida pelos policiais federais, e ele foi baleado com seis tiros pelo delegado Carlos Faria Júnior. Na época, a Polícia Federal afirmou que ele estava armado e resistiu à investida.
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Márcio chegou a ser levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), na capital baiana, mas não resistiu aos ferimentos. Também na época, o g1 conversou com a irmã de Márcio, que classificou o ato da PF como “desastrado”.
O Ministério Público Federal (MPF) havia denunciado o delegado por excesso doloso, e, segundo a Justiça Federal, a acusação foi afastada após depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório do próprio réu. Com isso, o próprio MPF pediu a absolvição do delegado, junto com a defesa dele.
Operação Carga Pesada
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A Operação Carga Pesada foi iniciada em junho de 2015, para desmontar um grupo criminoso que desviou cerca de R$ 100 milhões em cargas no Porto de Aratu, que fica em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador. Na época, a PF chegou a afirmar que a quadrilha agia como uma “máfia”.
O grupo criminoso agiu por 10 ano. Além do desvio da carga, os investigados também mataram pessoas que se opuseram ao esquema. Ao todo, 15 pessoas foram presas.
A PF não divulgou o nome dos investigados, mas informou que eles agiam com o apoio de seguranças de armazéns de Aratu, profissionais de controle de acesso, guardas portuários e ao menos um policial rodoviário estadual reformado.
G1 BA
